Foto: Rodolfo André (Sobre o céu mais lindo que meus olhos já viram) |
No princípio criaram, quatro amigos, um projeto. E disseram: que haja narrativa. E ao falar de Várzea, “terreiro do céu”, viram que, de fato, a história era comprida. E fizeram um blog, e viram que era bom [...da história da criação].
Que aqui se inicie minha participação neste singelo recorte que preparamos tão amorosamente para os mais jovens, que ainda não sabem dos famosos “causos”, ou para os mais experientes, que ficarão felizes em relembrar tanta vida e tanto artista que passou nesta terra santa. Santa, por que não? Sim, acostumem-se, a filha de Toinho de Totó é o exagero em pessoa, excessivamente romântica e apaixonada por tudo que venha da nossa cidade, que brote do solo fértil de nossa Várzea.
Dizem que jornalista é meio fofoqueiro, eu discordo. Apenas repassarei informações com uma pitada de pessoalidade (não serei imparcial, não cabe isso no meu amor alucinado por esse lugar e essa gente, minha gente!).
Confesso que fiquei – e ainda estou – visivelmente empolgada e sem saber direito por onde começar quando me convidaram a participar desta ideia. É tanto pano pra manga... o lendário tiro no cuscuz (conversa para a próxima postagem), a inteligência deste povo e as aptidões que surgem de acordo com as famílias – a matemática exemplar do povo de Tio Renato, o domínio de técnicas manuais dos Malaquias, a prosa e a criatividade da família de Bela e Sebastião Rocha. Muita história... e eu, uma babona assumida, adorarei contar parte delas.
Por fim, vale saber que sai de Várzea em 2004, por isso alguns aqui devem não me conhecer tão bem, mas digo por onde passo que Várzea jamais vai sair de mim. Vibro a cada vitória da população de menos de três mil habitantes capaz de levar seu nome para todos os recantos do Brasil e, porque não, até do mundo. Nossa cidade é a pequena notável do Vale do Sabugi que faz muita gente se perguntar: como esse menino, que estudou a vida toda em escola pública lá no fim do mundo, passou no vestibular? Como aquela menina, que morava no sítio e mal saía de casa, sabe tanta coisa? Bobinhos, não entendem que nossa força vem da terra, do mato, do recanto das serras, da autenticidade e grandeza do que é simples, genuíno.
É isto! Espero que aproveitem e gostem das postagens que estão por vir.
Um abraço tão verdadeiro quanto as lembranças do radinho de pilha de Inácio, ou dos passos apressados de Cacheado, ou do canto de Maguila, ou da felicidade da criançada brincando de pão quente no coreto... (sem ponto final, quero a eternidade do nosso povo nas lembranças dos que ainda nem nasceram)
Estou adorando! Acompanhando as postagens e ficando sempre com o gostinh de quero mais :D. Como é bom relembrar histórias da nossa terrinha ...Excelente projeto!! Parabéns a todos.
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